sem mãe, não tem pai...
Minha mãe, em sua formatura do normal (a primeira - professora. Depois ela se formou também em Psicologia), recebendo a estrelinha do meu vô Medeiros, que foi o cara que me ensinou a curiosidade, a inquietude e a inexistência da "impossibilidade". Com meu vô eu aprendi quase tudo que é importante nesta vida. Elétrica, hidráulica, cimento, tijolo, tinta, tocar violão, pescar, mexer com prumo, alinhar, construir muros, cercas e paredes, fazer vigas, consertar motores, bombas, encanamentos e o melhor de tudo: fazer brinquedos de madeira! Os meus melhores brinquedos eu fiz! Ele aguçou a minha criatividade, e isso nunca mais parou! eu olho pra esta foto e é como se ele estivesse aqui, corrigindo as minhas batidas com o martelo, me ensinando a passar sabão de coco no parafuso antes de apertar, e rindo carinhosamente dos meus tropeços iniciais! Quanto vale isso? ah bicho! isso não tem preço! Uma família simples pacas, mas de imensurável valor! Quando meu vô e minha vó casaram, eles não tinham geladeira, nem televisão e nem mesmo fogão ou panelas. Minha vó cozinhava em um fogareiro, em latas de banha de porco - comuns nesta época - e meu vô, semianalfabeto, era vigilante de um banco. Vó lavava roupas "pra fora", como ela dizia. Mas eles tinham o principal: AMOR! eles se amavam! E formaram os dois filhos, e os netos também! Fala sério: Tem coisa mais linda que isso? ah, eu duvido... E vamos parando porque as lágrimas já tão chegando
[rascunhos & rabiscos - 2015]
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