sexta-feira, 22 de novembro de 2019


O amor, dito ou falado,
seja em verso, prosa ou fado,
e ainda que bem "letrado",
é um quadro emparedado,
do seu ego, emoldurado,
em metal amarelado,
protegido por um vidro,
que reflete desfocado,
o falar e não fazer...
este amor teorizado,
pendurado na parede,
da tua sala vazia,
não mata nem fome nem sede,
dos que precisam de fato,
não apenas admira-lo,
mas dele comer e beber,
o amor não se orgulha de amar,
não há orgulho ou virtude,
no amor de verdade,
o nome disso é vaidade.
chamas isso de legado?
Desculpa aí, companheiro,
mas quando vejo o teu ódio,
contrapondo o teu discurso,
isto que chamas de "amor",
eu não consigo sentir,
muito menos, entender...
[rascunhos & rabiscos - no repente] em 16/10/2014


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